28 fevereiro 2012

The Heartbeats of One Direction - XVIII Capítulo


ANA CRISTINA

  O Louis, que vinha ter comigo em meu auxílio, foi impedido pelas gémeas que quando chegaram ao quarto, pedi-lhes de imediato que regressasse-mos a casa, mas sem antes passar pelo quarto do Harry. Estava confusa, tinha de pensar no que se tinha passado, mas para isso necessitava da ajuda do Harry para que me fizesse esclarecer algumas dúvidas.
  Desliguei o Ipod – um bom instrumento que facilita o relaxamento nas horas de maior tensão, ou reduzir a ansiedade. – Levantei-me, com muito custo, mas a Inês lá me ajudou com o resto. Peguei nas malditas canadianas que eu odeio e lá segui em frente pelo corredor. Depois de bater á porta do quarto do Harry, uma voz rouca e profunda preencheu-me por completo, ao que abri a porta e entrei:
  - Hei, vamos embora agora, mas antes queria falar contigo. Podemos? – Não era só eu que me sentia baralhada.
  - Sim, claro! Não fazia sentido nenhum se não o fizéssemos… - Fez uma pausa. - … Ana, não consigo ficar desta forma, sem te dizer isto primeiro: eu sinto-me profundamente atraído por ti!
  Estava perplexa. Durante certa de cinco segundos não mexi um músculo. Aquilo que ele disse era mesmo verdade?
  - Como é óbvio, já deves saber o que eu sinto por ti… - Respondi-lhe.
  - Pelos vistos, todos sabem menos eu. – Não conseguia-mos olhar nos olhos um do outro, ao que este falava de novo, cabisbaixo. – Ana, gostas de mim?
  - Não!
  Ficamos os dois calados por uns segundos, novamente constrangedores. Notou-se claramente que o Harry fazia um esforço enorme para não lhe escorrerem as lágrimas de desilusão. Não fazia ideia de que era homem de se desfazer das ambições tão facilmente.
  - Eu amo-te! – Acabei por lhe responder. Automaticamente, ele respirou fundo, olhou para mim e sorriu-me, um sorriso que eu desconhecia. Era um sorriso puro, feliz e contagiante, dado que lhe sorri também.
  Os seus olhos verdes clarificaram-se nos meus, igualmente verdes. Levantou-se e aproximou-se de mim. Olhou-me como se eu fosse transparente e conseguisse ver os meus sentimentos. Beijou-me carinhosamente.
  Depois do beijo, que não sei quanto tempo durou, mas de certeza que levara uns bons minutos, descemos as escadas a sorrir, como crianças felizes que acabavam de sair do infantário. Levava-mos as mãos dadas, estávamos muito felizes.
  - Vamos? – Perguntaram as gémeas, em coro. Abrindo-lhes a porta, o Liam abraçara a Raquel amigavelmente, confiavam muito um no outro, não fossem estes melhores amigos.
  - Ah, quer dizer: abraças aí o teu queridinho e de mim nem te despedes? – Refilava o Zayn, que estava ao meu lado. Amuara, literalmente, sentando-se de novo no sofá. Esta correra a seu encontro beijando-o como se não houvesse amanhã.
  - Achavas mesmo que alguma vez eu me iria embora sem me despedir de ti, meu parvinho?
  - Ainda nem foste embora e eu já estou com saudades!
  - Que mentiroso…
  Quanto á Inês, podia dizer-se que se encontrava forever alone, enquanto caminhava em direção ao carro. Tive de me desviar, pois o Louis atravessara a sala a correr.
  - Inês! – Chamou-a. Ela olhou para trás, quando o viu, junto a si, corpo a corpo.
  - Toma, é para ti. – O Louis entregou-lhe uma rosa vermelha que me havia confessado que de manhãzinha se tinha levantado de propósito só para a ir comprar.
  - Oh, que querido, Louis. Obrigada! – Abraçaram-se os dois. Que casalinho mesmo fofo, só é pena não se declararem, seriam muito mais felizes assim.

  Ora então cá vamos nós, enfrentar a segunda semana de aulas. Ainda por cima levantei-me com uma dor de cabeça horripilante: sinal de dia negativo. Oh, não… Ontem: o melhor dia da minha vida… Hoje, aí mãezinha, o que é que vinha daí?!
  Encaminhava-me para a primeira aula, Matemática. Estarão a gozar comigo? Matemática… Oh, meu deus… Com esta dor de cabeça, a única coisa que eu devo conseguir ver devem ser as raízes quadradas a cirandar á minha volta!
  Finalmente, primeira parte da manhã: superada. A minha dor de cabeça passara, felizmente.
  Não me estava nada a apetecer ir a casa, ainda estava um pouco longe e não tinha assim tanto tempo, ao que resolvi ligar ao Niall.
 
Chamada On
  - Niall, meu querido… Já almoças-te?
  - Não, ia agora ligar ao Liam a perguntar por onde é que ele parava, para ver se queria vir almoçar comigo ao Burger King. Queres vir?
  - Oh, se não te importares… Não me convém ir a casa agora.
  - Claro que não me importo. Vem ter comigo á porta da estação do under ground mais próxima da tua escola, que nós já passamos por aí.
  - Até já.
 
Chamada Off
 
  Esperei durante cinco minutos até avistar o carro do Niall. Este parou-o, para eu entrar e dirigimo-nos até ao restaurante. Á porta estava uma legião de fãs, impressionante!
  - Meninas, vão-me desculpar, mas estou com uma fome descomunal, a sessão pode ficar para depois de almoço?
  - SIM! – Gritaram em coro.
  Entrámos. Lá dentro já se encontrava o Liam, á nossa espera.
  - Então, também paras-te lá fora? – Perguntou o Niall, ao Liam.
  - Sim, só lá estavam três raparigas… Provavelmente devem ter chamado as amigas. São umas queridas, temos de admitir!
  - Não haja dúvida!
  - O Harry? – Perguntei de imediato, estragando um pouco o contexto da conversa, mas pouco me importava, queria era saber do meu namorado.
  - Foi passar o dia com a família. – Respondeu-me o Liam.
  - Hum… Está bem. – Não fiquei desanimada de todo, sabia que isso era necessário, mas uma deu-me uma vontade estranha de ver a minha família também, estava com saudades.
  Para mim, pedi um hambúrguer duplo com extra de queijo e carne de peru, sem faltarem os molhos todos a que tinha direito, juntando-se uma Fanta Laranja e um pacote de batatas fritas bem tostadinhas. O Niall mandou vir um hambúrguer igual ao meu, pois tinha gostado do aspeto daquela sanduíche, mais um pacote de batatas fritas e um Ice Tea, não podia beber bebidas com gás, por causa do aparelho. O Liam foi o mais contido de todos: pediu o menu mais pequeno que havia; a sanduíche continha apenas: uma rodela de carne de porco, uma fatia de queijo, alface e tomate, sem molhos extra; bebeu uma Coca-Cola e dispensou as batatas fritas. Parece que andava a fazer dieta.
  - Eh, Liam… Contentas-te com tão pouco… - Comentei.
  - Ele é assim: quando mete uma coisa na cabeça, vai até ao fim; neste caso: anda com uma dietazinha em mãos, agora diz-me que está gordo! – Falou-me o Niall, pois o Liam achou que seria falta de educação responder com a boca cheia.
  - Ora, és como eu. Mas não concordo com o facto de dizeres que estás gordo, meu caro!
  - Sim, pois. Ana, despacha-te, ainda tens aulas de tarde! – Se não fosse o Liam a avisar-me estava completamente perdida nas horas.
  - Oh meu deus… Esqueci-me completamente! – Devorei o que me restava do hambúrguer e segui com a bebida e as batatas nas mãos.
  Estranho, já não estavam aqui fãs nenhumas, o gerente do restaurante deve tê-las afastado. Seguimos de carro até ao parque de estacionamento junto da escola. Agradeci a boleia e tornei ás aulas. Estes ficam a passear um pouco pela cidade; faziam tensão de me levarem a casa, era mesmo queridos!

NIALL
  Depois de um almoço como aquele, nada melhor de que um belo passeio pelo jardim. De repente, senti o telemóvel tremer no meu bolso, olhei, era uma mensagem do Zayn, comecei a lê-la. Era um pouco comprida, dado que demorei um pouco a acabá-la. Estava na parte final, ao que senti um forte embate. Olhei em meu redor e deparei-me com uma rapariga muito bonita.
 
- Oh, desculpa… - Dizia ela, olhando para o chão enquanto amanha todas as folhas que deixara cair. Baixei-me e ajudei-a.
  - Eu é que te peço desculpa, vinha distraído a olhar para o telemóvel… - Perdi o Liam de vista, ora bolas!
  - E eu vinha ocupada a rever a matéria para a… - Levantamo-nos ao mesmo tempo, quando olhámos nos olhos um do outro. Ela tinha uns olhos verdes, com mistura de um castanho suave que lhe davam um toque de gata. Era muito bonita. –
  - Niall Horan. – Apresentei-me.
  - Vera James. – Apresentou-se também. – Eu acho que te conheço de algum lado, mas de onde?!
  - Pois, não sei… Vemo-nos por aí? – Ela estava atrasada para a aula, se bem que não me importava nada de ficar mais um pouco.
  - Claro! – Sorriu-me ternamente. – Trocamos números?
  Acenei-lhe que sim. Trocamos então os números de telemóvel. Ela seguiu o seu caminho e eu segui o meu. Cheguei ao carro e lá estava o Liam á minha espera, no lugar o pendura, com um sorriso de orelha a orelha.
  - Uau! – Soltei um desabafo assim que assentei e coloquei as mãos no volante.
  - Esqueceste-te que te falta a Ana, amigo?
  - Oh, já nem me lembrava!
  - Pois, então e o que é que foi aquilo ali atrás, dizes-me? – Perguntava-me, curioso.
  - Então, foi mesmo aquilo que tu viste…

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