13 fevereiro 2012

The Heartbeats of One Direction - I Capítulo

RAQUEL

  Hoje, e estranhamente, o pai conseguiu vir a tempo a jantar-mos todos juntos; o que só acontece muito raramente e em ocasiões muito especiais, pois o seu trabalho no hospital é demasiado duro para ser deixado nas mãos de qualquer inexperiente.
  Seguida de uma garfada de arroz doce, a minha sobremesa preferida, a mãe queria dizer-nos algo:
  - Rogério, achas que já lhes podemos contar? – Começava.
  - Sim, está na altura certa.
  - Contar o quê, mãe? – Perguntara a minha irmã gémea, a Inês, que como eu estava mais curiosa do que nunca.
  A mãe levantou-se e foi ao quarto. Quando regressou, trazia consigo uma bonita caixa, bem ornamentada, não muito maior do que uma caixa de um Blackberry. Entregou-nos a tal caixa e eu e a minha irmã ficamos parvas a olhar para ela sem saber o que fazer.
  - Antes de a abrirem, eu e o pai temos um discurso a fazer. – Explicava-nos a mãe. Tentava imaginar o que estaria dentro da caixa misteriosa que a Inês segurava.
  - Como sabem, completaram os dezoito anos neste fim-de-semana… - Começava o pai. – Queria-mos tê-la entregue nessa mesma data mas não nos fora possível, devido a um erro técnico fornecido pela empresa da…
  - …Como tal… - Antes que o pai se descosesse quanto á fonte da empresa, a mãe continuara a informar-nos. – Acha-mos que como crescidas, maduras e responsáveis que se tornaram as nossas filhas, quisemos entregar-vos este prémio, em forma merecedora de como se portaram durante todo este tempo. Sabemos que é algo que ambas queriam á muito tempo. Por favor, abram-na.
  Escutava a minha mãe com a maior atenção. Devagar, abrimos a caixa. Dentro dela, encontravam-se mais duas caixas pequeninas que os nossos respetivos nomes. Peguei então na minha. Desembrulhei-a com calma e eis que ia tendo um ataque! A minha caixa continha o certificado de entrada para a melhor universidade de Medicina Dentária em Londres, a qual onde eu sempre desejei entrar! Olhei de repente para a minha irmã que quase não tinha ar para respirar, de tão contente que estava. Ela recebera uma bolsa de estudo com o equivalente ao tempo de faculdade, na mais conceituada escola para futuros fisioterapeutas.
  - Isto não pode estar a acontecer! Inês, acorda! – Aquilo tudo era imaginável.
  - Mas tu estás acordada, querida. É real, dêem graças ao vosso exemplar comportamento, por terem sido umas meninas muito respeitadoras e atenciosas.
  - Omg! Muito, muito, muito, mas mesmo muito, muito obrigada por tudo, mãe e pai! – Desatei aos berros pela sala.
  - Uau, é a melhor prenda que alguma vez recebi! Mil e uns obrigados! – Dizia a Inês.
  - Isso foi o que disseste quando recebeste a barbie que tanto querias, no teu sétimo aniversário, vê lá se te decides, miúda! – O pai, quando queria, conseguia ser muito engraçado.